sábado, 25 de abril de 2015

*Voil*







Descubra-me,
(mulher)
Na leveza da imagem,
Que por cenas
(as do espelho),
Incendeiam os teus olhos.


Grita-me,
(este teu jeito, do jeito terno)
(de amar).


E mistures,
No desenrolar (ou enrolar),
De pernas e braços
Teus desejos secretos.
(sei que os tem).


Desconcertes o meu olhar,
(que do teu não sai).


Coloques a tua ânsia,
(confessastes num poema),
Entre os seios meus.
D’onde vem a tua calmaria.
(disseste que tocaram a tua camisa)
(tocaram?)


E ainda que digas,
Que não precisas de nada,
(a viagem tornou a toalha molhada),
Encontrar-me-ei no quarto,
N’algum encontro.
N’alguma cortina de “voil”.


Transparência tua.
Nua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário