Diga-me,
(sem que precises de
muitas palavras),
Das mágoas que te
ferem a alma,
Das tristezas que te
invadem o caminho.
Diga-me (com calma).
Tens em meu colo,
O teu ninho.
Diga-me,
(ainda que seja com
os olhos úmidos),
Desta enormidade de
sentimentos,
Das dores que te rasgam o peito.
Diga-me (do teu jeito).
Tens em meus ombros,
O teu alento.
Diga-me.
Deste sonho que te acompanha noite adentro
(dormistes, sem perceber).
Das pequenas coisas construídas.
Da tua alma carente.
Impotente.
Mas diga-me de coração aberto,
Sem medos,
Sem anseios.
Em teus devaneios.
E se te faltarem as palavras,
Por terem coisas que não cabem no peito,
(e é longa a madrugada),
Não digas nada.
Aninha-te em meu regaço.
E descanses em meu abraço.
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