quarta-feira, 8 de abril de 2015

Sonhar-te.


Tenho-te preso amor meu,
Nas lágrimas do meu sorriso versado,
E chamo-te pelo nome,
Incontrolável,
No encontro de nossas bocas em chama.

Em teu peito descanso a minh’alma,
Quando o teu corpo,
Junto ao meu,
Une-se num querer incendiado.

De todas as palavras,
Que não ouso confessar-te,
Loucamente entregue,
Faço dos teus desejos,
Um queimar profundo da tua obscenidade.

Longas são as noites,
Em que não te tenho insano,
Tornando a lua testemunha única,
Deste movimento que me arrasta,
Que te arranha e que te marca.
Sonhar-te tornou-se a minha adoração,
Que sussurro em calada voz,
Transformando o meu poema,
Em perfeita oração.

Traga-me os teus dias vazios,
Entrega-me as tuas noites solitárias,
Verte a tua alegria num único gesto,
E repousa tuas mãos cansadas,

Ao encontro das minhas.

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