terça-feira, 28 de abril de 2015

*Considerações (de uma noite)*




Diria que os teus olhos são como chamas.
A cada curvatura que meu corpo esculpe
(quando a noite ainda em silêncio),
Na obscuridade de tua órbita,
Incendeiam-se.

Diria que a tua boca é como lava.
Um rio de aventuras,
(de desejos).
Vulcão em erupção.
Em mim,
Sacia-se.

Diria que as tuas mãos são como embarcações.
Navegam sem rumo.
Não há pressa de chegar,
(sabe-se lá onde).
No oceano,
(meu),
Banham-se.

Diria que a tua imaginação é como um porto.
Abrigo seguro.
Impuro.
Meu lugar (nosso),
Vivido.
Dividido.
Consumido.

Acabo não dizendo nada.
Não há razões.
Sabes que não há.
(tenho sons, nas palavras).
(tenho gestos, nas intenções).
A ti interligada.

E fica o silêncio.

A única resposta,
Que demarca o limite entre o teu corpo,
E a minha insanidade.



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