domingo, 20 de julho de 2014

Do tempo, da saudade e do amor...



Talvez eu não saiba mais escrever um poema de amor,
Tentei alterar meu caminho, cantando tão doces lembranças,
Vesti-me de sonhos, plantei n’alma singela e delicada flor,
E lancei na jornada, uma estrada de esperança...

Talvez eu não saiba mais compor as palavras da vida,
Tentei afastar minha dor, olhando além deste horizonte,
Cobri-me de versos, arranquei do peito a constante ferida,
E do calor da ausência, fiz uma eterna e linda fonte...

Talvez eu não saiba mais revelar esta imensa saudade,
Tentei caminhar sem a sua presença, sabendo que não voltaria,
Teci-me de falsas ilusões, procurando somente a minha verdade,
E da despedida sem nexo, transformei a vida em poesia...

Talvez eu não saiba mais dizer o que é verdadeiro,
Tentei esquecer sua voz tão presente, iludindo a minha memória,
Refiz-me do outrora, colhendo imagens da nossa história,
E da paixão que perdura, deixo aqui,
Ainda que não saiba, 
Todo um amor derradeiro...

...Talvez eu não saiba mais nada, absolutamente mais nada...



(...porque talvez eu aprenda algum dia, a falar novamente de amor...)

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