quarta-feira, 16 de julho de 2014

Deste meu pensamento teimoso...


Mas que ansiedade estranha é essa, que passeia em minh’alma,
Arriscando em falácias, uma distância que não consigo,
E ao escrever-te meus versos feridos, perco toda a calma,
E mais uma vez, à palavra, eu totalmente me entrego...

Por Deus! Que insanidade descabida é essa, que rasga meu peito,
Desfazendo as promessa de um adeus, verdade que agora nego,
E ao fechar meus olhos chorosos, nem sequer consigo dormir em paz e direito,
E, como num vício, pensando em teu rosto, novamente me vejo...?

Que tortura maldosa é essa, cujos dedos inquietos querem riscar o papel,
Escolhendo imagem por imagem, momento por momento,
E ao descrever as tuas vontades, parece que volto a tocar o céu,
E, movida pela lembrança, me faço inteira do teu alimento...?

Pelos céus! Que procura dolorida é essa, que me fere as entranhas,
Remexendo instante a instante, este meu triste pensamento,
E ao confessar essa minha saudade teimosa, o tempo indolente parece parar,
E num breve e enfraquecido momento,
Volto a chamar-te,
E penso em procurar-te....



(...porque ainda que em sonho, eu volto sempre a te querer...)


Nenhum comentário:

Postar um comentário