Mas que
ansiedade estranha é essa, que passeia em minh’alma,
Arriscando em
falácias, uma distância que não consigo,
E ao
escrever-te meus versos feridos, perco toda a calma,
E mais uma
vez, à palavra, eu totalmente me entrego...
Por Deus! Que
insanidade descabida é essa, que rasga meu peito,
Desfazendo as
promessa de um adeus, verdade que agora nego,
E ao fechar
meus olhos chorosos, nem sequer consigo dormir em paz e direito,
E, como num
vício, pensando em teu rosto, novamente me vejo...?
Que tortura
maldosa é essa, cujos dedos inquietos querem riscar o papel,
Escolhendo
imagem por imagem, momento por momento,
E ao
descrever as tuas vontades, parece que volto a tocar o céu,
E, movida
pela lembrança, me faço inteira do teu alimento...?
Pelos céus!
Que procura dolorida é essa, que me fere as entranhas,
Remexendo
instante a instante, este meu triste pensamento,
E ao
confessar essa minha saudade teimosa, o tempo indolente parece parar,
E num breve e
enfraquecido momento,
Volto a
chamar-te,
E penso em
procurar-te....
(...porque ainda que em sonho, eu volto sempre a te querer...)
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