domingo, 17 de fevereiro de 2019

*Um Poema*



“Quisera poder amar-te e repetir-te dentro de mim,
Num verso escrito por ti.
Infinitamente.
Por não saber das palavras que pretendes usar,
Torno-me,

 em ti, Um Poema”.


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Roubaste um pedaço do meu corpo.
E guardaste a estação outonal do meu amor em palavras.

Deixaste em mim o paladar das entregas, sem receios.
Pedaços de desejos à espera de uma tarde de sol.

Uniste a loucura da minha face ruborizada,
À da tua mão colada à minha. Intencionalmente.

Fechaste os olhos à minha timidez,
Quando nua não pude negar-te sentimentos.

Largaste-me a falar sozinha,  em noite fria de desolação.
Quebraste tudo. Em pequenas partes.

Mas por certo não levaste a minha sublime devoção.

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