domingo, 17 de fevereiro de 2019

*Há nos olhos um brilho de Lua*


É lá, onde um raio de luz  toca o infinito,
Que meu abraço abraça o azul irreverente do mar.

Da fonte donde brotam  águas vivas,
Tenho como presente a perfeita nitidez de que,
Se pudéssemos ser um ponto que brilha, na escuridão,
Teríamos como atravessar tantos desertos.

Mas não vivo apenas para contemplar estes mistérios.

Sou um vasto espaço dentro de mim mesmo,
 A observar  certos deuses que,  por ora, não ousam  dos céus descer.

Descubro que chorar as incertezas,
É caminho longo de exaustão.

Seja fora do céu, ou fora da terra,
Ainda há um brilho de lua, no olhar.

E passo a acreditar, que o Paraíso,
Não é apenas um lugar.

É a minha própria alma, procurando  onde aportar.



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