Do lado oposto do silêncio,
- Tão meu companheiro,
É Sagrado vislumbrar o toque de mãos cálidas,
Que sustentam esta forma ardente e voraz,
De sobreviver...
Presas estão as promessas veladas,
Sussurradas ao som da meia noite,
Quando o corpo descansa em lençóis emaranhados.
Devoro todos os segundos e me lanço em memórias,
Como pequeninos pontos de luz,
Espargidos pelo céu e, fatalmente,
Anoitece...
- Sempre anoitece dentro de mim...
Sem reconhecimento de lugares e imagens,
Solto-me em fantasias – pueris,
Mas que, de sobremaneira, são muito mais doces que o sabor
de caramelo,
Que lambuzam os dedos...
- E tantos desejos...
Revivo aquele azul cobalto intenso,
De mil estrelas por testemunha,
Desta hora marcada - e exata,
Em que nada seria mais perfeito,
Que o próprio amor perfeito.
Ainda restam janelas abertas ao vento.
E mesmo que o sonho ainda não reconheça o caminho por onde
anda,
E todas as verdades sejam inverossímeis neste pequeno espaço,
-Tão meu,
É Sagrado o despontar da claridade do dia,
- E a presença sutil que me trazes e que me alegra.
É Sagrado.
É Santo e é demasiado Bendito,
Todos estes meus passos,
Que me levam para dentro dos teus olhos...
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