Contava as horas,
Imaginando todas as canções refletidas n’alma,
Entoando tudo aquilo que somente o tempo saberia,
Em uniformidade, descrever...
Sonhava de olhos abertos,
Fazendo da suave memória,
Seu único caminhar...
Uniformizando, em pequeno embrulho e num laço rosa,
A verdadeira forma de tamanho sentimento,
Compor e eternizar...
Hoje, numa valsa solta ao sol poente,
Baila em luz,
Quando as mãos desenham tanta procura,
Que se finda,
Ao pousar os olhos dentro da tua imaginação,
E não mais ousa duvidar do que está escrito,
E do que está definido...
Mas sorri...
Sorri em malabares por todas as vezes que pressente tão doce
presença...
E almeja...
Almeja numa cascata de esperança, nunca mais ser breve,
E deixa escrito num bilhete, por debaixo da porta,
A ousadia de esperar que por ela passe,
Sem impedimentos,
Para que viva,
Sinta,
E comungue em uníssono todos os pensamentos,
Sonhos e a inspirada comunhão...
Sabe que estarás lá,
Ao alcance dos dedos,
Trêmulos de amor imenso...
Sem julgar o desvario das horas,
Apenas aguarda que a viagem recomece...
Que o encontro tardio torne-se intenso...
E que o amanhã seja perene e santo,
Coroando em tom carmim,
Um beijo eterno,
Que colorirá a tua face...
Nenhum comentário:
Postar um comentário