(...que não seja o Tempo, aquele que lacra os sentimentos, sufocando-os por uma Vida inteira...)
Não pretendo que saiba o quanto lhe quero em palavras,
Tampouco no uso que faço das rimas,
Mas que pressinta o que aflora em meu peito,
Em cada gesto, em cada beijo na sua boca selado...!
Não espero que leia nas frágeis entrelinhas,
O tanto que minha alma por si ainda sonha,
Mas que sinta o perfume que meu corpo lhe oferta,
Em cada momento de amor, em cada ternura descoberta...!
Não anseio que viva sem a doçura da minha meiguice,
Esta, a que meu desejo lascivo lhe convida para todos os dias,
A fim de que beba do meu vinho num transbordante cálice,
Em cada segredo roubado, em cada suspiro eternizado...!
Não almejo que olhe além dum horizonte de carinho,
Pois do silencio seu e meu fez-se o calor e o ninho,
Para que descanse em meu sedento regaço,
Em cada adormecer,
E em cada cobiça pela imensidão do seu abraço...!
(...porque trago-lhe aqui, junto a mim, por todos os dias...!)
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