Precisei sepultar o tempo.
(guardar minhas ilusões).
Procurei impacientemente,
Por um vento perfumado,
Odores longínquos.
Fiquei à beira de um abraço.
Estática.
Afogando-me em sutis beijos.
Ancorei-me no mar revolto.
Tentando renascer à noite,
Dentro de mim.
Dentro de nós.
Um amor que restou.
Esquecido nas palavras,
Que desgovernadas,
Ainda tentaram formar uma rima,
Ou um sentimento qualquer.
Apaixonados, ingerimos o fel,
Tornamo-nos tolos, transgredidos,
Perdidos e isolados.
A vida ficou pendente.
A morte escondida,
(dentro de mim esquecida).
Tentei repartir o sol.
Abrigo certo de nossa pele fria.
Melancolia.
Flutuante ironia.
Ao final fitei-te nos olhos.
A raiva descrita.
Linguagem tão diversa da conhecida,
(lágrima desatinada).
Esqueci-te por todos os longos dias vindouros.
A saudade dramatizada,
(ilimitada),
Ainda repetia o vazio,
(que durou pelo instante de uma promessa).
Envelheci na solidão.
Apaguei a luz.
Redesenhei uma nova vida.
Ecos meus e teus.
Eternidade.
Perpétua união.
Amo ler-te!
ResponderExcluirSão sentimentos e emoções a flor de cada poema...
Parabéns Angela!