Não cabe mais
nenhum espaço, entre o meu eu e a tua vontade,
O tempo
espalhou na ventania...nossos pequenos pedaços...!
Aqueles, que
recolhi pelo chão...na doce fragilidade,
Tentando
remendos ...sobrepondo fracassos...!
Não cabe mais
nenhuma delicadeza, entre o meu sonho e a tua fantasia,
As mãos
fecharam-se em concha...sufocando esse inerte sentimento...!
Ignorando ao
apelo dos meus olhos, numa perversa ironia,
Desnudando
formas...deixando esse vazio todo cinzento...!
Não cabe mais
nenhum apelo, entre a minha vontade e o teu querer,
Se um dia eu
fui a tua inspiração...hoje sou apenas poucas lembranças...!
Remoendo
angústias descabidas, das coisas que não pude entender,
Flagelando a
mente...apunhalando de vez a morta esperança...!
Não cabe mais
nenhuma saudade, entre os meus versos e o teu clamor,
A boca
emudeceu as palavras...se ontem eu fui encanto, hoje, restou o nada...!
Esquecendo
sorrisos efêmeros, curando a profunda dor,
Rompendo
laços, matando desejos....adeus à madrugada...!
Não cabe mais
um grande Amor,
O meu Poema
não é o teu,
A minha Vida
não é a tua,
O que nos
resta? Quem sabe a lua...!
(...porque
ontem era Verdade...hoje só restou a Saudade...!
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