sábado, 28 de junho de 2014

Deste meu olhar que se derrama em tua pele...





Estes olhos meus, que passeiam vagarosamente, pelas tuas últimas palavras,
E que alimentam este vazio profundo e indolente,
Empurrando esta saudade incontrolável pelas infinitas horas,
E que retêm no peito meu, a tua chama ardente...

Estes olhos meus, que vivem enfeitiçados, em teus versos contidos,
E que vagueiam instante a instante, esperando o teu chamar,
Emoldurando na tela da memória, nosso amor devasso em tantos gritos,
E que procuram teu rosto amado, nesta fúria que desejo te entregar...

Estes olhos meus, que se fecham, em malícia, para encontrar a tua imagem,
E que provocam no espelho embaçado, a visão do teu corpo cadenciado,
Desenhando com o toque dos meus lábios, o caminho da tua paisagem,
E que percorrem a madrugada afora, no teu prazer evidenciado...

Estes olhos meus, que se derramam em tua pele, na união de nossas bocas,
E que incendeiam esta vontade nada pouca, que entre nós é viva e tão real,
Incitando, com a provocação da minha febre, a tua voz, feito felina louca,
E que declaram antes mesmo do anoitecer, que este sentimento inteiro é somente teu,
Desde o início, até o momento final....




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