Doei-te num olhar enorme,
Uma lágrima interrompida,
E da minha boca,
Naufragou o desejo de ti, em água morna.
Ao calar das horas,
E sem reservas,
Mergulhei na imensidão do teu sorriso.
Fechei a porta, nem sei de que forma,
Transpirando na pele o teu sabor.
E na candura da tua face,
Anoitecida de desejos,
Tomei o silêncio em teu peito...
E sem pressa pelo despertar preguiçoso,
Aconcheguei-me em tua ausência,
E pousei em teu colo,
A maciez da tua e da minha intimidade.
Feito um poema,
Inteiro e jamais imaginado.